CONTANDO ESTRELAS

"Caminhando no escuro,
detenho o tempo e olho para trás;
Olho para os dias de bicho-papão e sonhos inocentes...
Como eram longas as noites,
e como era grande o mundo.
Ainda posso sentir o cheiro da chuva,
que por muitos verões,
disfarçou as lágrimas de quem tinha medo de tudo...


Hoje não tenho mais medo do bicho-papão,
porque sei que ele nada mais é,
do que a personificação da inveja dos adultos,
que assombram a infância,
desejando reviver um tempo que não volta mais...


Hoje, as noites também não são tão longas,
e o mundo é tão pequeno,
que mal pode suportar nossos sonhos...


E enquanto isso, eu vou caminhando no escuro;
Sem medo de tropeçar...

Mas continuo contando as estrelas...
E sem medo de verrugas."




( Mehiel)

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